A tecnologia da informação (TI) passou a permear todos os processos operacionais da empresa e, cada vez mais, está afetando a capacidade competitiva, influenciando a posição de custo, a qualidade do serviço aos clientes e a capacidade de inovação. Por isso, a habilidade de uma empresa de alavancar o potencial da tecnologia está sendo reconhecida, pelo mercado e pela alta diretoria, como um fator crítico de sucesso.
Para isso, uma das formas de gestão moderna que vem ganhando cada vez mais força nos últimos anos, caracteriza-se como terceirização, na qual as organizações repassam para terceiros atividades não essenciais ao seu negócio. Porém, como qualquer processo estratégico, problemas de implementação que possam afetar a qualidade, os prazos, o faturamento, as motivações e as qualificações organizacionais devem ser evitados.
Tendências da terceirização
No que se refere à terceirização da TI, esta é uma prática que tem crescido de forma muito significativa nos últimos anos. Segundo estudo da consultoria Frost & Sullivan publicado em 2007, no Brasil em 2006 os serviços de terceirização movimentaram 1,1 bilhão de dólares e a expectativa é de um crescimento de 200% até o fim de 2012, quando serão movimentados cerca de 3,3 bilhões de dólares. A mesma consultoria prevê que as modalidades de compartilhamento de local e hospedagem se tornem comoditizadas, enquanto os serviços de administração de redes continuarão a captar clientes, crescendo também a adoção de serviços de armazenamento, recuperação de desastre e continuidade de negócios.
A terceirização do setor não pode ser feita de forma tão simples como qualquer outra atividade meio, pois é uma atividade de grande complexidade tecnológica e alto grau de obsolescência.
Os anos 90 apresentaram duas tendências. A primeira é que as organizações estão concentrando todos seus esforços nas atividades essenciais, levando à terceirização em larga escala. A segunda é a conscientização quanto o valor da informação, vista como um dos mais importantes ativos da organização, mas reconhecendo que é cada vez mais difícil ser autossuficiente nesta área
A maior justificativa para que as empresas adotem a terceirização de suas atividades ou parte delas é que elas devem estar preparadas para enfrentar a concorrência, sendo portanto uma questão estratégica de sobrevivência em longo prazo. A tendência é que a empresa passe a ser mais criativa e mais inovadora em seus produtos e serviços.
As atividades mais candidatas à terceirização são aquelas que estejam mais distantes da atividade-fim da empresa, que propiciem um diferencial junto aos concorrentes e que envolvam o menor risco estando nas mãos de terceiros.
Como exemplo, temos o caso da empresa Vivo Participações S.A., que presta serviços de telecomunicações móveis, telefonia celular, transmissão de dados e internet em todo o território nacional. O desenvolvimento de aplicações de atendimento eletrônico é terceirizado com empresas parceiras, que detêm mais know-how para tal fim, porém a forma que é feito tal atendimento é definido pelos colaboradores internos da empresa.
*Texto enviado por Eduardo Heitor, colaborador DDS
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